Ilustração de Jean Cocteau (1960)
No
silêncio, somos todos palavras adormecidas, escritas ou por escrever. Nesta
procura pode ser o meu encontro, único, possível e fora das margens das
molduras. Uma força, uma estranha experiência manifestando-se na forma de
arrebatamento, que não cabe na parede, na tela do século, na arte e nem em
palavras.
O que sobra está impresso nas
retinas, um verde coração aberto aciona os vestígios do genoma clandestino, a
constituição principal e milenar. Uma espécie de roda de Samsara, um movimento
redondo contraindo-se ao reinverso negativo, o alfa e o ômega. Aos passos de
meu próprio espírito, aos passos de sintonizar-me à frequência magnética,
dentro de mim, o demiurgo.
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