Sobre um poema de Raquel
Naveira
Rosa
branca,
mesmo
que não caiba no formato e na grandeza
do
vazio do século,
perdura
a beleza de sua frieza,
apesar
de muda e solitária.
Rosa
branca,
imagem
minimal turva esculpe uma lágrima,
um
coeiro estático da misantropia
sob
o verde campestre.
Vi
erguer-se a rosa branca
em
sua graça
de
marinheira pelo mar.
No
mesmo desapego
da
gaivota,
em
voo, traço preciso,
luz
e geometria,
as
pétalas brancas móveis,
flutuam
em espumas.
Um
arranjo de flor lacta,
composição
de equilíbrio
e
mandala da brancura.
No
meio do dia desolado,
encanta
o seu repertório
de
doçura.
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