Pã (Pan), deus grego ligado a Saturno
Da
alquimia da clorofila na matéria verde
as
almas nuas correm abrindo portas
formando
estrelas de pontas
no
topo dos hemisférios de elementos
do
ar, do fogo, dos raios, de trovões e relâmpagos
clareiam
orientando os caminhos
pelas
matas e florestas do pensamento secular
clandestino
atravessam a moldura,
este
desejo repleto de paganismo.
Saturnais
do titã, do céu e da terra agrícola,
corre
livre o paganismo no sábado.
Seja
o super-homem vadio
e
pedinte de abundância,
um
não-ser adaptável às normas da vida,
e
tarefas medíocres de labirintos negros,
confusos
e vazios.
Seja
a pura essência da energia em movimento,
queira
apenas o gozo das letras e do carnaval,
entre
o sossego das árvores,
um
gene de estrelas esfriadas,
segue
um mistério da alma, nesta passagem
de
efêmera sensação egoísta.
O
instinto nessa alma ressoa…
No
pão branco e no vinho vermelho de cada dia
corre
livre o paganismo,
na
língua de chama pura e acesa,
nas
veredas abertas,
no
fruto partido em dois pomos,
as
mãos como conchas vazias,
a
carne espera um cão faminto,
inclinando
o capim do vale,
nas
campinas do horizonte,
essa
sensação através do crepúsculo sangrento.
Sussurros
dementes nas folhas
que
rolam da escada do êxtase,
o
néctar elétrico escorre no tobogã misturando-se
ao
aroma da mirra, aura que impregna a pele.
corre
livre o paganismo
como
um suspiro de verão,
se
ouve o soar num enternecimento,
trinam
as vozes doces em vibrações amenas,
atraentes
no meio do tambor do dia.
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