Não
seriam as tubas antes sacos de risadas
estrategicamente
introduzidas na nossa cultura
(há
séculos) para zombar de nosso comportamento?
A tuba, um
instrumento de sopro que exige um poder de fôlego de seu tocador que, num
relance da memória, foi usada em músicas como Yellow Submarine, dos Beatles,
Just Because, de John Lennon, Goodnight Lady, de Lou Reed, a peça The Grand
Wazzo, de Frank Zappa, Parque Industrial, do disco Tropicália, em arranjo de Rogério
Duprat e As Bandinhas, de Hermeto Paschoal entre outras. Com o avanço da
tecnologia e os programas de mixagem digital, ela está um tanto em desuso e
esquecida. E ninguém repara na tuba. Será por causa de seu formato bojudo e
desengonçado? Ou porque ela lembra gente roliça, cheinha, gordo mesmo para ser
mais claro! São ideias associativas que caem na nossa mente. Parece mais ou
menos com sapatarias, marcenarias e borracharias entre outras conservas tipo
filhas de Maria. Sempre iguais, não evoluem.
Desde o tempo do Roy Rogers (reveja
os filmes de bang-bang) lá está ela, igualzinha. Bem típica cena do
roteiro do “Parque dos Dinossauros.” Ela lembra a banda marcial tocando no
coreto, sopra um vento forte de coisa antiga, de museu. Prefeitos e vereadores
no palanque prometendo mudanças, mas, infelizmente houve uma escassez de
coretos no interior do Brasil. Com a criação de novas ferramentas de divulgação
e da Internet, os políticos mudaram os meios de divulgação, por consequência, a
tuba ficou sem espaço.
Era aqui que eu queria chegar. A
tuba associa-se à imagem patética de situações hilárias, exóticas e
excêntricas. Ela serve como trilha de filme de comédia, novela ou programas de
humor na TV.
Outro motivo para que você pense
nesta hipótese é o desaparecimento delas. Você, por exemplo, pensou em tocar
uma tuba algum dia? Conhece alguém que toque? Onde andarão enfurnadas?
Agora, se você leitor tiver uma aí,
leve-a e faça uma apresentação num parque e coloque a desajeitada ao seu lado.
O que parece à primeira vista? Um batedor de massa. Não seriam as tubas antes
sacos de risadas estrategicamente introduzidas na nossa cultura (há séculos)
para zombar de nosso comportamento? Não seriam os Et´s pregando peças para
estudar nossas reações? E, se você leitor está embocando com toda a força dos
pulmões aquele objeto de forma fálica e de extremidade oval, que lembra ovo de
tiranossauro rex, aquele bicho feio e grotesco da pré-história?
São tubas enviadas de et´s teimosos,
românticos, bucólicos, bem rurais, que gostam apenas de fazer fundo musical
para papo furado de terráqueos passeando em jardins, jovens noivos dizendo
juras de amor e meninas-moças (ainda existem?) na pracinha do interior a piscar
seus juvenis olhos. É coisa mandada dos alienígenas. E aquele bocão escancarado
para nós dois ficamos só rindo, já notou? Ta respingando do meu lado, vira mais
pra lá, ih, ta pingando no meu ombro. Num deixa chapiscar na minha bochecha,
mozinho! Os extraterrestres devem achar que pares de namorados só conversam
isso. Tudo abobrinhas.
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