(Décima Quinta e
Última Parte)
Somente
nas décadas de 40 e 50 é que novamente haverá uma retomada do ideário liberal no
Brasil, então em novos moldes, enriquecido pela experiência keynesiana, que recomenda uma maior
intervenção do Estado com o uso de instrumentos de planejamento com vistas à aceleração
do tempo histórico.
As
propostas de Anísio Teixeira modificam-se, adaptam-se a este novo momento, de nacionalismo
democrático e popular, tendo no Estado, através do planejamento, figura central
na formulação das políticas educacionais. Teixeira, entretanto, mais uma vez,
como o fora nos anos 30, vai ser atropelado pelo contexto histórico e político
da época, agora marcado pela Guerra Fria entre as duas superpotências (EUA e
União Soviética) e estando o Brasil dentro da área de influência americana.
As
aspirações nacionais dos países em desenvolvimento vão ser vistas com
desconfiança pelas lideranças norte americanas e, mais uma vez, Teixeira verá
interrompidas as condições para a implementação no Brasil de uma Educação
verdadeiramente democrática, varridas pela onda conservadora da segunda metade
dos anos 60.
Pode-se,
portanto, concluir que os projetos de modernização de Anísio Teixeira no campo educacional,
sofreram fortes influências das contingências externas e internas que afetaram
o Brasil durante o período, contingências poderosas, capazes de determinar
rumos, reações e restaurações.
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